segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Uma prosa de um anônimo qualquer...

Oh, olá! É você!!
Venha, entre na livraria! Todos amigos dos livros são meus amigos!
Como vai? Noite fria, não?! Barcelona, vai do suor à neve em questão de poucos meses!! Estou quase fechando, mas pode entrar. Vamos, sente-se. Fermín, nosso prezado amigo e ajudante acabou de sair. Tem um encontro, acredito.
Sabe? que quando você passou por aqui um pouco mais cedo, lembrei-me mais de David Martín. Lembrei-me de uma prosa que minha mãe contou-me dele. Ela era secretária dele na adolescência. "Homem de bom coração", dizia ela, "mas grosso como um inglês e teimoso como uma criança", completava! Se a memória da minha mãe vale-me algo, creio que a prosa começava com...


Medo!
O medo de passar por tudo de novo! O medo de ter que passar por aquilo que não acreditou precisar desde o ínicio! O medo de que todo meu esforço foi em vão. O medo de que tudo o que eu acreditei durante o caminho foi mentira. Medo da consequência, do resultado, do reflexo do meu trabalho.
O medo é até bom! Medo é 'stigma' daqueles amaldiçoados com o bom-senso!
Mas e se medo por previsão?!
É o medo do sonho inalcançado, de novo!
Mas meu maior medo é saber que tudo aquilo no que acredito não se mostra real! E se tudo aquilo que meu coração me diz ser a mais sincera e tátil verdade não for verdade?! E se o caminho e seus espinhos me levaram à loucura? Só queria continuar acreditanto no meu peito e na chuva. Pois, loucura ou não, eu acredito naquilo que meu peito e a chuva me dizem!

Essa prosa foi contada por David Martín a Isabela Gispert, sua assistente e, posteriormente, Isabela G. Sempere, minha mãe. Essa prosa, originalmente, foi escrita por um tal italiano de nome Bruno Perissotti, ou algo assim...

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pela idéia por trás do blog! Adorei! Super original.

Daniel Sempere disse...

Obrigado, Kamila! Muito obrigado, mesmo!