segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Daniel Sempere

Este é meu negócio, minha livraria, minha casa!

A Livraria Sempere tem a alma de meu avô alojada dentre os inúmeros volumes de almas de outros autores, pois, assim acreditava ele: um livro abriga um pedacinho da alma de seu autor e quem o lê deixa com ele um pedacinho de sua própria alma e, dessa maneira, a alma do livro vai se transformando e transformando que o lê, que pega um pedacinho da alma da obra para repôr o seu pedaço dispensado.

Saint-Exúperry dizia algo assim também, creio. Um escritor aqui de Barcelona, David Martín, amigo de meus pais dizia isso também: diz-se que um escritor denota-se bom escritor quando percebe-se seu estado mal-trapilho, não nas vestes mas, sim, no espírito, nos olhos. Ele escreve tanto que sua alma apresenta buracos sem tampo, tantos pedaços de almas no dispêndio a cada livro perfeito. E para a cura desse mal, inventaram os charutos coloniais, o café colobiano e o conhaque espanhol... Meu pai diz que minha mãe dizia que David era um idiota! Mas há racionalidade nas palavras desse dom Martín!!

3 comentários:

Sa disse...

Cheguei ao teu blog graças à um post seu comentando o livro "A Sombra do Vento", que me interessei depois de ler o melhor livro do mundo: O jogo do anjo. Confesso que me senti meio órfã assim que terminei de lê-lo, porém ao descobrir esse cantinho dos Sempere, já me sinto em casa. Espero encontrar muitas atualizações aqui! Beijo!

Unknown disse...

Faço de minhas palavras as mesmas da senhorita acima. :)

Unknown disse...

Faço de minhas palavras as mesmas da senhorita acima. :)